DSCN3738
Foto: Rogério Sele. Diretor adjunto do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial da Secretaria de Saúde do Estado.

A difícil situação em que se encontram os hospitais da região do Litoral Norte foi mais uma vez tema de discussão entre os prefeitos da Amlinorte.

Em Assembleia Geral Ordinária da associação e do Consórcio Público Amlinorte, realizada na manhã dessa quinta-feira, dia 11 de junho, o tema foi duramente debatido com o diretor adjunto do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial da Secretaria de Saúde do Estado, Rogério Sele. O presidente da casa, Paulo Lang, prefeito de Palmares do Sul, cobrou duramente uma posição do governo do Estado sobre a transformação de hospitais, como o de Palmares, em Pronto de Atendimento e sobre a dificuldade financeira do setor.

Os prefeitos cobraram principalmente a falta de repasses de recursos do Estado para a saúde, referente ao ano de 2014, cuja falta está comprometendo as finanças dos municípios. Também questionaram as dificuldades enfrentadas pelos hospitais da região, em especial o Hospital São Vicente, de Osório, e o Hospital Nossa Senhora dos Navegantes, de Torres, que já anunciaram redução de serviços. O diretor adjunto Rogério Sele apresentou números e dados que demonstram a situação crítica do orçamento do Estado, mas garantiu que os compromissos com os municípios serão mantidos.

Também esclareceu que o Estado está em dia com os repasses para o hospital de Osório e que em 2014 fez investimentos pesados na instituição, que precisou ser fechada por causa do incêndio. “O hospital tem que avisar com 120 dias de antecedência sua insuficiência para manutenção dos serviços, senão é quebra de contrato”, alertou. Segundo ele, a secretaria também pretende fortalecer o papel da 18ª Coordenadoria Regional de Saúde de Osório, que deverá atuar de forma regional. A nova delegada Magda Isabel Bartikoski também estava presente na reunião.

Situação do Corpo de Bombeiros da região

O coordenador da Associação dos Bombeiros do RS no Litoral Norte, Edemir dos Santos Cardoso, esteve na Assembleia Geral Ordinária da Amlinorte, dia 11 de junho, para falar sobre as dificuldades da corporação.

Segundo ele, a região está trabalhando com menos da metade do efetivo previsto, além da falta de horas extras. Somente os municípios de Torres, Capão da Canoa e Tramandaí deveriam ter 97 bombeiros no serviço, sendo que contam atualmente com 41 militares.

“Viemos buscar apoio na Amlinorte para pressionar a Assembleia Legislativa do Estado a aprovar o decreto que permite chamar os 517 concursados aprovados”, disse Cardoso. Ele também alertou para o alto número de policiais que deverão ingressar na reserva no final do ano, diminuindo ainda mais o efetivo e comprometendo a continuidade de funcionamento das operações de Bombeiros no litoral.

Rose Scherer

Comentários

Comentários