Brack disse que a implantação deste projeto é prioritária para o Estado

O secretário estadual de Energia, Minas e Comunicações, José Carlos Brack, recebeu hoje (6) a direção da empresa gaúcha Elebrás, que foi selecionada, em consórcio com a alemã Innovent, pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia (Proinfa) para construir um parque eólico de 70 MW em Tramandaí, no litoral norte gaúcho. O diretor-técnico, Roberto Jardim, e o diretor-administrativo, Edson Luiz Jardim Pereira, informaram a atual situação do projeto, que está ameaçado de não sair do papel por um detalhe técnico: a alteração de 70 metros na área de localização da usina eólica.

Conforme os empresários, a troca de local foi determinada pela Fepam e aceita prontamente pelos empreendedores, com aprovação da Eletrobrás. Um concorrente da licitação, contudo, contestou a alteração. O caso foi para o Ministério Público Federal (MPF) e se transformou em ação que pede cancelamento do contrato. Na semana passada, a 6ª Vara da Justiça Federal de Porto Alegre solicitou uma manifestação formal da Eletrobrás e do Ministério de Minas e Energia (MME), o que deve ocorrer nos próximos 15 dias. Jardim convidou o secretário para participar de uma reunião da bancada gaúcha no Congresso Nacional no MME, marcada para as 11h da próxima quarta-feira (12), em Brasília. O secretário substituto Francisco Brandão foi designado para acompanhar o encontro. “Temos contrato firmado e em vigência com a Eletrobrás. Pretendemos cumprir”, declarou Jardim.

Brack disse que a implantação deste projeto é prioritária para o Estado. “Não podemos perder um investimento de R$ 320 milhões. É uma questão muito pequena para um investimento tão grande”, afirmou. Com a alteração de local, mudou o município de implantação do projeto do parque eólico. Os 70 metros de diferença determinaram a ida do investimento de Cidreira para Tramandaí. Após nove meses de sindicância, a Eletrobrás foi informada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Fepam sobre a inexistência de irregularidades na mudança. “Podemos começar as obras tão logo haja uma decisão favorável, mas seremos obrigados a solicitar a prorrogação do prazo de término da obra”, revelou Pereira, estimando em um ano a conclusão do projeto.

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