“Chora a nossa Pátria, mãe gentil…”

As teclas de meu computador absorvem minha tristeza neste exato momento em que escrevo: 19:35h do dia mais negro do Senado Federal: 12 de setembro de 2007.

Se a maior tragédia americana ocorreu em 11 de setembro de 2001, a quarta-feira, 12 de setembro de 2007, foi mais trágica ao brasileiro honesto, trabalhador, pagador da maior taxação de impostos e de contribuição provisória(?) de movimentação financeira do planeta. Choramos, os íntegros, os, agora sim, definitivamente desesperançados.

Pranteamos, os honestos, pela bandidagem, pela canalhice que assola o Congresso Nacional. Vertemos as lágrimas da dor de corno de Charles Bovary, ante o patológico adultério de sua mulher, Emma de Bovary.

Não estamos, brasileiros, no fundo do poço. Por este já passamos há muito tempo. Ficou claro que o Brasil não é  nem nunca será uma Nação! Isto aqui é uma pocilga, onde os suínos usam terno e gravata e tem titulo de senador; onde o suíno-mor, sabedor prévio da “maracutaia” (termo que ele tanto primava em fazer uso), engendrou mais um estratégico “pacote” turístico em sua parasitária passagem pelo Planalto.

Os senadores, em sua maioria – bandidagem de fina estampa, traficantes da imoralidade e da ausência de cidadania -, são o que nem o inferno há de acolher de tão ruim. ACM deve estar se corroendo de inveja ao constatar que, no fundo, ele não passava de aprendiz.

Lamento que sobre o complexo das duas torres não tenha havido um “tsunami” que afogasse para sempre a politicalha necrosada e os párias que infestam todos os pavimentos daquela Sodoma e Gomorra. As prostitutas têm infinitamente mais dignidade do que os senadores e sua corja de compadres e assessores, pois elas vendem o que efetivamente lhes pertencem!

O nosso 12 de setembro é lastimável, pois assassinaram quaisquer perspectivas de futuro para o Brasil.

Desejaria ter, neste instante, a idade de meu filho e, como ele, falar fluentemente três idiomas estrangeiros.  Carregaria uma mochila onde coubessem duas calças “jeans”, um par de tênis e dois ou três livros. Levaria no coração apenas as remembranças dos amores que vivi.

Deixaria a luz acesa para que ela, num simbólico gesto de solidariedade ao Brasil, como fonte luminosa que um dia fora, se esvaísse até o brilho final e, aí sim, seriam as trevas.

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