Colheita de grãos deve superar em 10,4% a média das últimas cinco safras

MD_20150831153032tarcisio_minettoO aumento na área de plantio de soja na safra 2015-2016 e a redução, principalmente, nas zonas das culturas de arroz e milho indicam que os produtores gaúchos estão atentos à liquidez e à perspectiva econômico-financeira de suas atividades. A projeção da safra de verão foi divulgada pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo (SDR), por meio de sua conveniada Emater/RS-Ascar, em café da manhã para a imprensa na manhã desta segunda-feira (31), na Expointer.

A intenção de plantio para a safra de verão 2015-2016 aponta acréscimo de 0,74% em relação à safra anterior, em uma área total de grãos de verão (arroz, feijão 1ª safra, milho e soja) de 7,3 milhões de hectares. Embora a estimativa de produção seja 7% menor em comparação com a safra passada, a projeção de colheita de 27,9 milhões de toneladas é 10,4% maior do que a média das últimas cinco safras.

Conforme o levantamento, haverá redução de área plantada nas culturas de arroz (2,23%), feijão 1ª safra (-5,68%) e milho (-9,73%). Já a soja mantém tendência de crescimento e ocupará área 3,14% maior do que em 2015-2016. “A soja, em função da liquidez e da perspectiva econômico-financeira, é atrativa e tomou áreas do milho e da soja”, avaliou o secretário de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Tarcisio Minetto.

Desafios para o produtor

O titular da SDR lembrou que o Estado tem demanda de consumo de 6 a 6,5 milhões de toneladas de milho, em razão da expansão das atividades da pecuária. A produção estimada nesta safra de verão é de 4,4 milhões de toneladas, contra 5,6 milhões de toneladas na safra passada. “Vamos ter um déficit acima de 1,5 milhão de toneladas no Rio Grande do Sul, sem considerar que muito do milho produzido na região de Fronteira vai para outros mercados, como o oeste de Santa Catarina”, ponderou.

Segundo o secretário Minetto, o desafio é sempre do produtor, de inovar no uso de tecnologia. “Neste cenário, estamos observando que o aumento de custos faz com que o produtor tenha de lançar mão da poupança que fez nas últimas safras para investir na lavoura e conseguir boa produtividade”, finalizou.

Acompanharam o encontro com a imprensa o presidente da Emater, Clair Kuhn; o secretário da Agricultura e Pecuária, Ernani Polo; o subsecretário do Parque Assis Brasil, Sérgio Bandoca; e o diretor da Ceasa Vanderlan Vasconselos, entre outras lideranças do setor e diretores da Emater e da SDR.

Itamar Pelizzaro

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