Hospital de Osório emite nota sobre momento difícil que se encontra

ghrtO Hospital de Osório entrou em contato com a redação do Litoralmania e afirmou que a decisão de voltar atrás e permanecer, pelo menos por enquanto, com os serviços do bloco cirúrgico e do centro obstétrico em funcionamento, não tiveram relação com as ameaças do Secretario Estadual de Saúde.

João Gabardo ameaçou romper o contrato com a casa de saúde e pedir a suspensão da filantropia da instituição, caso houvesse a suspensão dos serviços.

De acordo com o hospital, os serviços foram mantidos exclusivamente por terem conseguido marcar uma reunião com o governo do estado, na próxima terça-feira, para tentar encontrar uma saída para o problema. Até lá, os serviços seguem mantidos.

Veja abaixo  na íntegra, nota oficial do Hospital São Vicente de Paulo, sobre o momento difícil que se encontram:

Em virtude dos recentes acontecimentos que envolvem a suspensão momentânea dos serviços hospitalares junto ao Bloco Cirúrgico e Centro Obstétrico do Hospital, esclarecemos:

1 – A suspensão dos referidos serviços dar-se-iam pela exclusiva falta de recursos financeiros.

2 – Até 31.12.2014, as contas do hospital estavam rigorosamente equilibradas e em dia.

3 – A partir de 1º.01.2015, o Governo do Estado não mais repassou o valor de R$ 100 mil reais mensais, a título de incentivo hospitalar, medida essa que afetou também todos os hospitais filantrópicos do RS.

4 – O respectivo incentivo, em relação ao Hospital de Osório, consta no CONTRATO firmado com o Governo do Estado, com vigência para o ano de 2015, denominado Contratualização.

5 – Em relação ao Município de Osório, o novo contrato firmado com o Hospital, vigente a partir de 1º.01.2015 até 1º.06.2015, não contemplou os serviços de: anestesia, pediatria em sala de parto, cirurgia e custos referentes a insumos (material e medicamentos), no montante de aproximadamente R$ 250 mil reais mês.

6 – O novo salário mínimo do RS e a reposição salarial dos funcionários do hospital, em face de Lei e dos dissídios coletivos das categorias, redundaram no aumento de aproximadamente R$ 45 mil reais mensais na folha de pagamento.

7 – O reajuste da energia elétrica do hospital foi de 175%, ou seja, aproximadamente mais R$ 10 mil mês.

8 – A situação exposta resultou, a partir de 1º.01.2015, numa diminuição na receita no valor aproximado de R$ 405 mil reais mês, inviabilizando totalmente a manutenção dos serviços até então financiados pelo Poder Público.

9 – Não havendo recursos, torna-se inviável sua manutenção. Seria ato irresponsável por parte da Direção do hospital mantê-los sem o devido financiamento, o que redundaria em uma conta impagável.

10 – Por fim, manifestamos nossa vontade de manter e ampliar o atendimento à saúde da população. Porém, não podemos ser irresponsáveis nessa tarefa, a ponto de endividar de forma irreparável a Associação hospitalar. Somos uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, porém, privada.

11 – A saúde é um direito do cidadão e dever do Estado (Constituição Federal, art. 196).

Diretoria da Associação Beneficente São Vicente de Paulo

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