Infarto em mulheres é maior do que em homens

A probabilidade de uma mulher morrer no primeiro infarto é maior que a do homem. A chance dela não suportar é de 50%, enquanto que para eles os índices não ultrapassam os 30%.

Existem fatores que contribuem para o aumento do risco de doença cardíaca nas mulheres, como exemplo, a associação do tabagismo com anticoncepcionais.

Essa mistura pode aumentar em 20 vezes o risco de infarto do miocárdio e é a principal causa de morte entre as mulheres.

Homens e mulheres disputam lado a lado o mercado de trabalho. Apesar das diferenças biológicas, o termo “sexo frágil” ficou no passado e hoje vemos grandes cargos empresariais serem ocupados por mulheres de todas as idades.

O que não se sabia é que as mulheres, apesar de trabalharem tanto quanto os homens e terem problemas cardíacos em idade mais avançada, têm uma chance muito maior de morte cardíaca após o diagnóstico de algum problema no coração.

“De fato, a probabilidade de morte no primeiro infarto de uma mulher é maior que a do homem. A chance dela morrer é de 50%, enquanto que para eles é de 30%. Além disso, após um ano de acompanhamento das pessoas que conseguiram sobreviver, as mulheres que não sobrevivem nesta fase é significativamente maior do que os homens. Os índices ficam em 38% contra 25%”, afirma Dr. Edmar Santos, Cardiologista da Sociedade Brasileira de Cardiologia e Mestre em Medicina Interna e Terapêutica da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP.

Hoje em dia, a relação entre homens e mulheres que morrem por doença coronária é de 2,45 para 1, mas na década de 70 esta relação era de 10 para 1. O problema se agrava quando menos da metade das mulheres se diz orientada sobre o risco de adquirir doenças cardíacas, segundo os dados da “American Heart Association”.

É verdade que até os 50 anos a incidência de infarto no ano é cinco vezes maior nos homens, mas estes números mudam violentamente na quinta e sexta década de vida, quando a mulher perde a proteção do estrogênio natural.

Existem outros fatores que contribuem para o aumento do risco de doença cardíaca nas mulheres, como exemplo, o tabagismo associado a anticoncepcionais, pode aumentar em 20 vezes o risco de infarto do miocárdio, que é a principal causa de morte nas mulheres.

Outro detalhe importante é que as mulheres são mais acometidas do que se chama “equivalente isquêmico”. “Este termo é utilizado pelos médicos para os sintomas que as pessoas manifestam e não se parecem com doenças do coração, mas são. É possível uma pessoa apresentar sintomas como falta de ar ou dor na mandíbula e ser um infarto. Outras pessoas podem nem manifestar sintomas e mesmo assim serem vitimas deste problema”, diz o médico.

Desta forma é bom fazer rotineiramente um check-up e minimizar os riscos destes terríveis problemas, aconselha o médico.

Comentários

Comentários