A pesca do camarão rosa finalmente foi liberada no estuário do Rio Tramandaí. Em solenidade realizada às margens da Lagoa do Armazém, em Imbé, nesta sexta-feira (06), foi feito o anúncio oficial, com a presença de diversas autoridades. Com isso, o tamanho mínimo do camarão permitido para captura é de 9cm.
Um estudo foi contratado pelas prefeituras de Imbé e Tramandaí, juntamente com as colônias de pesca das cidades, comprovando que o tamanho do crustáceo é válido para a pesca. Este documento foi entregue para a superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em Porto Alegre. O Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (CECLIMAR/UFRGS) e a Fundação Universidade de Rio Grande (FURG) também foram parceiros para que esta liberação ocorresse.
O presidente da Colônia de Pescadores Z-39 e vereador de Imbé, Marcelino Teixeira, o Catarina (PMDB), pediu a união dos pescadores, assim como todos trabalharam em conjunto para que o estudo fosse apresentado ao IBAMA. O biólogo Pedro Terra Leite, responsável pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Pesca (SEMMAP), destacou o esforço do IBAMA que, tão logo recebeu o estudo, deu o despacho favorável a liberação da pesca do camarão.
A superintendente do IBAMA no Rio Grande do Sul, Cláudia Costa, colocou o órgão a disposição. “Fiscalizamos, mas estamos disponíveis para ajudar. Não queremos punir, queremos que vocês (pescadores) tenham a pesca para toda a vida. Para 2018, com certeza a liberação será mais rápida”, disse.
O diretor técnico da EMATER, Lino Moura, também lembrou da união dos pescadores com os poderes públicos e destacou que no final do ano passado a EMATER abriu chamada pública de liberação de recursos para o desenvolvimento da pesca no Rio Grande do Sul. “Mas também pedimos a vocês que sejam os fiscais. Observem a época e o tamanho do pescado. Não queremos que vocês pesquem somente hoje”, ressaltou.
O deputado estadual Gabriel Souza (PMDB) destacou a importância do camarão para a economia da região e também lembrou da pesca do bagre, espécie que vive em grande quantidade no estuário do Rio Tramandaí, mas que está com sua pesca proibida. “Me perdoem, mas é um escândalo essa decisão da proibição. Espero que nas próximas semanas tenhamos uma resposta positiva”, concluiu.
Já o vice-prefeito Ique Vedovato comemorou a liberação da pesca e pediu a construção de uma relação mais amistosa entre o IBAMA e os pescadores, pois muitos profissionais da pesca, conforme relato deles, acabaram sendo tratados de forma mais ríspida pelo Instituto. “Contamos com o IBAMA mais orientador, não somente como punidor e fiscalizador”, disse, também destacando a união entre os pescadores e o poder público de Imbé e Tramandaí para contratação do estudo.
