As viagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste último ano de mandato são bastante criticadas pela oposição, que afirma que Lula está fazendo uma campanha não-declarada para se reeleger. Apesar de desmentir que já esteja em campanha eleitoral, Lula percorreu neste ano, apenas em deslocamentos dentro do País, mais de 63.383 km, o que corresponde a pouco mais de uma volta e meia ao redor do mundo.
Foram 60.435,6 km a bordo do Aerolula e mais 2.948,2 km no helicóptero Super Puma que serve à Presidência. O custo, só em combustível, é estimado em R$ 3,15 milhões.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, mais de 60 equipes de 30 pessoas cada tiveram de ser formadas para dar suporte às viagens de Lula pelo País, nesses quatro meses e meio. Isso custou em diárias pelo menos R$ 850 mil, totalizando um gasto de R$ 4 milhões.
Esse valor representa mais do que o dobro do gasto com transporte aéreo em aviões de carreira declarado pelo candidato Lula na campanha de 2002. De acordo com os registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha de Lula gastou R$ 1,24 milhão com a TAM naquela campanha.
Os roteiros seguem um ritual. Desde o início do ano, Lula tem optado por visitar, no mesmo dia, duas ou três cidades na mesma região. Raramente dorme nos municípios a que vai.
O processo começa com a escolha do local a ser visitado. Normalmente três ou quatro dias antes, um escalão avançado – cujo apelido é “escav” – segue para a cidade.
São no mínimo 30 pessoas, em média 35, mas o staff pode chegar a 40, por cidade. Número bem maior do que habitualmente era usado pelos governos anteriores.