MEC vai ampliar prazo de pagamento do financiamento estudantil

O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou proposta de mudanças na educação superior, durante a apresentação do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) para especialistas em educação. A principal medida diz respeito ao financiamento estudantil, que poderá chegar a 100% da mensalidade. O pagamento será feito por consignação em folha de pagamento, quando o jovem já estiver formado e empregado.

De acordo com Haddad, esta será uma boa opção, pois a taxa média de desemprego entre jovens recém-formados é de apenas 2,6%. O prazo para o pagamento também será ampliado. “Se ampliarmos o prazo de financiamento para em torno de dez anos, a prestação que ele pagará por mês é de R$ 100,00. E o salário médio do recém-formado é de R$ 2 mil. Portanto, com 5% da renda, ele honra o financiamento sem nenhuma dificuldade”, explica.

Outra inovação diz respeito ao pagamento das instituições que oferecem as bolsas. Atualmente, o pagamento é feito por meio de títulos do Tesouro Nacional, que só podem ser utilizados para pagar as dívidas correntes. Com as mudanças, os títulos poderão ser utilizados, também, para quitar débitos anteriores. Segundo o ministro, essa medida deve induzir as instituições a oferecer mais bolsas, pois assim receberão mais recursos para quitar suas dívidas com a União. 

Reestruturação — Será implantado, também, um programa de reestruturação das instituições federais de ensino. O ministério pretende liberar recursos adicionais para as universidades que se comprometerem a melhorar alguns aspectos da educação, como a relação entre alunos e professores e a diminuição do custo aluno. “Queremos é que, no gozo da sua autonomia, as instituições que quiserem, e quando quiserem, possam apresentar um plano de reestruturação acadêmica que garanta um melhor aproveitamento dos recursos”, afirma o ministro.

Comentários

Comentários