Não esperava - Jayme José de Oliveira
Jayme José de Oliveira

Em 27/07 /2015 escrevi uma coluna com o título: “Se Deus não tivesse criado o homem” na qual defendia a tese da necessidade humana de não aceitar a existência de lacunas no conhecimento.   Acesse o link e depois compare com Dan Brown e a tese ecumênica do Papa Francisco.

http://www.litoralmania.com.br/se-deus-nao-tivesse-criado-o-homem-por-jayme-jose-de-oliveira/

Poucos esperavam é que o Papa Francisco viesse a admitir publicamente a possibilidade de não crentes poderem ser classificados com pessoas de escol, contribuindo com a procura do BEM e da EVOLUÇÃO , tanto tecnológica como ética por humanos, independente de sua crença monoteísta, politeísta  ou mesmo ausência dela.

Em 13/03/2017 o Papa Francisco fez um dos seus pronunciamentos que ficarão marcados na sua trajetória já tão impactante:

Não é necessário crer em Deus para ser uma pessoa boa. De certa forma, a ideia tradicional de Deus não está atualizada.

Alguém pode ser espiritual, porém não necessariamente religioso. Não é necessário ir à igreja e dar dinheiro.         

Para muitos, a natureza pode ser uma igreja. Algumas das melhores pessoas da história não criam em Deus, enquanto que muitos dos piores atos se praticaram em seu nome.

Na página 80 do livro “ORIGENS” (traduzido para o português em outubro de 2017) Dan Brown (autor de best-sellers, entre os quais “O CÓDIGO DA VINCI”) escreve, e é a base de toda a obra:

“Os primeiros seres humanos se sentiam assombrados com seu universo, especialmente com relação aos fenômenos que não conseguiam entender racionalmente.Para resolver esses mistérios, eles criaram um vasto panteão de deuses e deusas com o objetivo de explicar qualquer coisa que estivesse além de sua capacidade de compreensão: o trovão, as marés, os terremotos, os vulcões, a infertilidade, as doenças e até o amor. – Para os gregos antigos, o fluxo e refluxo do oceano eram atribuídos aos humores instáveis de Poseidon.   – Para os romanos, os vulcões eram o lar de Vulcano, o ferreiro dos deuses, que trabalhava numa forja gigantesca embaixo da montanha, fazendo com que as chamas saíssem pela chaminé.

Os antigos inventaram deuses incontáveis para explicar não apenas os mistérios de seu planeta, mas também, os de seus corpos. A infertilidade era causada pela perda dos favores da deusa Juno. O amor era o resultado duma flechada de Eros. Quando os antigos experimentavam lacunas em sua compreensão do mundo, preenchiam-nas com deuses. No entanto, com o decorrer dos séculos, o conhecimento científico aumentou. À medida que as lacunas na compreensão do mundo natural foram desaparecendo, nosso Panteão de deuses começou a encolher”.

Recém iniciei a leitura,suponho, contudo, que evoluirá para o ponto de desmitificar as religiões tal como as conhecemos. Aliás, isso já ocorreu parcialmente como foi assinalado no parágrafo anterior. Em meu entendimento, a evolução se direcionará sempre mais para o encontro, num futuro talvez muito distante, da criatura com o Criador, seja lá o que isso signifique, segundo os desígnios adrede concebidos. Não se trata de determinismo, que significaria a anulação do livre arbítrio, mas um caminho natural da evolução até chegar ao apogeu.

Jayme José de Oliveira
cdjaymejo@gmail.com
Cirurgião-dentista aposentado

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