Não foram precisos nem um cabo e nem um soldado – Sergio Agra

Não foram precisos nem um cabo e nem um soldado - Sergio AgraNÃO FORAM PRECISOS NEM UM CABO E NEM UM SOLDADO

No dia 21 de outubro de 2018 viralizou nas redes sociais vídeo com as declarações do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmando que “para fechar o STF basta um cabo e um soldado!”.

Mal sabia o Zero Três do papai Bolsonaro que, não para fechar o STF, mas para apequenar a instituição Supremo Tribunal desnecessários se fizeram o tal cabo e o tal soldado, menos ainda o “chover no molhado”, que se cristalizou, na noite de sábado, 13 de junho, no lançamento de fogos de artifícios contra o prédio da Suprema Corte por um bando de vândalos, rebeldes sem causa, liderados por uma psicopata social que sequer sabe o que deseja da vida, Sara Winter.

Bastaria, não para fechar aquele Tribunal, para humilhar as onze excrecências que lá circulam como se o STF fosse Tombuctu, o atual Mali, e eles próprios as encarnações de Mansa Musa (1280 – 1337), rei de Tombuctu, com direito a lautas mesas regadas a caviar, lagostas, champanhas e vinhos das mais nobres safras de França, por conta das burras da Instituição.

Bastaria, para tanto, o destempero de um moleque, mal criado, respondão, arrogante, megalômano, burguês mal fantasiado de anarquista, que dentre vários destrambelhos e polêmicas nada acrescentou de positivo em prol da Pasta a que fora designado Ministro.  Homem nada chegado às boas letras (postou um instagram em que está grafada a expressão “impreCionante”) passaria, quem sabe, neste Brasil tão desassistido nos seus direitos fundamentais – Saúde, Segurança Pública e Educação – despercebida tal incultura não fosse o sacana, Abraham Weintraub, nada menos dos que o Ministro da Educação.

Pois este moleque falastrão demonstrou a Eduardo Bolsonaro, o filho Zero Três do Presidente, que, não para fechar o Supremo Tribunal Federal, porém para humilhar, debochar, achincalhar o Decano e seus pares, divulgado pela imprensa em âmbito internacional, chamando-os “de vagabundos e que mereciam, todos eles, estarem presos”. Weintraub, moral e simbolicamente, evacuou sobre a cabeça de cada um dos urubus togados e, em que pese a demissão decretada por Jair Bolsonaro, segue de Torá e Kipá direto para Washington, para aterrissar numa das cadeiras da diretoria do Banco Mundial, tendo como prêmio de consolação o salário de R$ 130.000,00 mensais.

Weintraub será condenado pelas onze vestais ofendidas? Ou, como sói acontecer naquela Corte, o processo será arquivado em decorrência da prescrição da pretensão punitiva?

Só mesmo o tempo dirá.

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