Não vá à igreja. Você é velho demais para contos de fadas – Sérgio Agra

Sergio Agra

NÃO VÁ À IGREJA. VOCÊ É VELHO DEMAIS PARA CONTOS DE FADAS

“A religião é o ópio do povo.”
Karl Marx

“Percorrestes o caminho que medeia do verme ao homem, e ainda em vós resta muito do verme.
Noutro tempo fostes macaco, e hoje o homem é ainda mais macaco do que todos os macacos.”
FriederichW. Nietzsch

Não vá à igreja. Você é velho demais para contos de fadas - Sérgio Agrahttps://www.shutterstock.com/pt/image-vector/theory-evolution-man-human-development-monkey-1022560147

Em 1850, Darwin escreveu um livro influente e controverso chamado “A Origem das Espécies”. Nele, Darwin propôs que as espécies evoluem (ou como ele colocou, “descendem com modificações”), e que todas os seres vivos podem ter sua descendência rastreada a um ancestral comum. A ideia básica da evolução biológica é que as populações e espécies de organismos mudam ao longo do tempo.

Avanços científicos vieram a comprovar a teoria de Darwin, e até a Igreja Católica, décadas mais tarde, se viu forçada a aceitar, com as devidas ressalvas de que a evolução era compatível com a fé. A Bíblia não pretende explicar cientificamente a criação do mundo. Os relatos do Gênesis são uma história religiosa que fala de todas as criaturas, que afirma que todas têm origem em Deus e na Sua palavra criadora.

A ideia básica da evolução biológica é que as populações e espécies de organismos mudam ou se extinguem ao longo do tempo. Exemplo disso são os dinossauros, que apareceram há, pelo menos, 233 milhões de anos, e que, por mais de 167 milhões de anos, foram o grupo animal dominante na Terra, num período geológico de tempo que vai desde o período Triássico até o final do período Cretáceo, há cerca de 66 milhões de anos, quando um evento catastrófico ocasionou a extinção em massa de todos os dinossauros.

O Homo Sapiens da teoria darwiniana, a partir do chimpanzé, do australopitecos, Homo habilis, Homo erectus, Homem de Neandertal, até chegar ao estágio atual percorreu dezenas de milhões de anos. O Homo Sapiens surgiu na África Oriental há cerca de 300 mil anos, depois se espalhou para o leste do Mediterrâneo em torno de 100 mil a 60 mil anos.

No entanto, “de onde viemos?” nem de longe é tão espantoso quanto “para onde vamos?”. A exemplo dos dinossauros e de milhares e milhares de outras espécies, o Homem está preste a desaparecer do Planeta num futuro muito próximo: o ano de 2050!

Imaginem, generoso leitor e leniente leitora que se encorajaram na leitura do texto até esta linha, uma imensa tela de um home theatre mostrando um gráfico da linha do tempo da evolução animal começando há cerca de 100 milhões de anos. Na tela se vê um mosaico feito de bolhas coloridas que se expandem e se contraem com o tempo, mostrando como as espécies aparecem e desaparecem. A esquerda dessa imensa tela era dominada pela bolha dos dinossauros no auge do desenvolvimento. Essa bolha ocupava o maior espaço do monitor. De repente, ela desaparece.

O alvorecer do Homo Sapiens ocorre em 200.000 a.C, representado por uma pequena bolha azul, mas somente a uns 65 mil anos a.C. tiveram influência para aparecer neste gráfico e, dali para diante, expandir-se até se tornar a imagem dominante do vídeo: a bolha azul da humanidade.

De repente, o gráfico mostra por volta do ano 2000 uma minúscula forma e trivial bola preta começando a surgir acima da bolha da humanidade, inchada e azul e, a cada dia se expandindo mais e mais. A bolha preta se expandiu enormemente nas últimas duas décadas e ocupa ¼ do painel. Uma nova espécie está entrando em cena. E, mais apavorante, essa nova espécie já estava vivendo aqui!

Apavorado leitor, aterrorizada leitora! Não, não se trata do COVID-19!

A hierarquia taxonômica dos seres vivos estrava sofrendo alterações, os “Seis Reinos da Vida”, “Animalia”, “Plantae”, “Protista”, “Eubacteria”, “Archaebacteria” e “Fungi”, agora são sete. Porém, um detalhe intrigante e paradoxal: esse reino tem uma particularidade. É um reino de espécies “não vivas”, cada vez mais complexas, adaptando-se e se propagando em novos ambientes, testando novas variações. Chama-se “Technium”, algo absurdamente mais poderoso do que a IA (Inteligência Artificial), a Inteligência Sintética, um termo alternativo da IA a qual enfatiza que a inteligência das máquinas não são necessariamente uma imitação ou de outro modo “artificial”. Ela pode ser uma forma de inteligência autêntica.

Pelo andar (carruagem é algo do Século XX) da Ciência da Computação, em 2050 a bolha preta terá absorvido a bolha azul da humanidade!

Imagino um menino sobre o muro de sua casa assoprando álacres bolhas de sabão de diferentes cores e tamanhos. Elas volitam solitárias ou se fundem com outras, algumas por breves, outras por perenal e imensurável tempo até se extinguirem. E o menino que as “criou” sabe disso! São elas como as “bolhas” do gráfico da linha do tempo da evolução, os dinossauros e as milhões de espécies que habitaram ou habitam o Planeta.

Fora neste devaneio que depreendi e lancei à lixeira os contos de fadas da Bíblia, das Sagradas(?) Escrituras – nas quais não me deixei fantasiar –, a hipocrisia da Igreja, o seu terrorismo e o sentimento de culpa pelo Cristo crucificado que ela continua impondo goela abaixo dos beatos pecadores, que ainda mente sobre a existência de um ser vingativo que os condena a fritarem pela Eternidade os glúteos nos caldeirões do Belzebu.

No ano de 2050 estará extinto o Homo Sapiens? Será a fusão de duas espécies resultante numa terceira, o Homo Technium?

Se o garoto que criou as bolinhas de sabão sabia de seus destinos, ELE, que é o princípio de tudo, há Eternidade sabe para onde vamos!

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