Os algozes tem sede de poder.
O poder é como um ímã, como o canto das sereias, nas ondas do mar, atraindo os viajantes nas noites de luar.
O poder os fascina. Longe do poder não sobrevivem. Ele é o ar que respiram. Com os rostos caricatos, os gestos tresloucados. A falseta das vozes.
Brilham nos holofotes, se projetam na mídia, cooptando as multidões, enganam as vítimas,seduzindo os incautos,os ingênuos e desavisados.
Os algozes são hábeis atores, arrancando no palco aplausos e ovação.
Palhaços no picadeiro são heróis, não querem ser vilões.
Dão cambalhotas. Encantam as platéias, seduzem as galeras.
Os algozes são velozes como víboras ferinas, criando armadilhas, atraindo suas presas, fazendo redondilhas na caça ao poder.
Os algozes quando estão fora do poder quebram as leis, rasgam a Constituição.
Usam todas as artimanhas para afastar àqueles que desejam continuar governando. Com mentiras, calúnias armam o circo midiático e com a força, comunados com as instituições fracas,combalidas perseguem o adversário considerado o inimigo perigoso, que pode impedir e abortar seus sonhos de abocanhar novamente o poder.
Suely Braga
