1Quando ouço falar de crescimento, a primeira coisa que vem a mente é a idéia de um corpo que sofre alterações nas medidas:  altura, peso e aparência modificados. Se fosse só isso, mas não. Essas mudanças externas raramente sentimos, mas as internas, essas são dolorosas.

O apóstolo Paulo falava:“Porque o que faço não aprovo, pois o que quero, isso não faço, mas o que aborreço isso faço.” Agora o compreendo, acho que se enquadra no momento “crescer”. Ontem ouvi falar na estação do outono que está chegando. AS folhas caem, as árvores ficam vazias, mesmo assim elas permanecem com vida, esperando os processos para a próxima estação.

Certa vez, ouvi falar que ostra feliz não faz pérola (Livro de Rubem Alves). Ele fala que pessoas felizes não sentem necessidade de criar. O ato criador, seja na ciência ou na arte, surge sempre de uma dor. não é preciso que seja uma dor doída.Por vezes a dor aparece como aquela coceira que tem o nome de curiosidade (essa é a descrição do livro pelo autor).

Fazendo um paralelo entre esta estação do outono e a ostra feliz, penso que para crescer tem que sentir dor. Seríamos felizes se não sofrêssemos nada? Talvez alguns diriam que sim. Agora pergunto: E se não produzíssemos nada?

A ostra sofre com o desconforto do grão de areia que invade seu interior, então ela reage criando defesa contra as machucaduras e, finalmente, produz algo de valor – a pérola.

E nós, sem folhas, sem orgulho,sem vaidade, ambição, maldade,ódio…podemos produzir algo de valor- crescer em humildade, até nos parecer com Cristo e sermos pérola no outono.

Laura Matos é membra IBFO. Foi curada de uma enfermidade e hoje dedica sua vida à servir Cristo.

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