Resposta – Direito de Resposta

Eu queria ser…

O que penso em relação a meu primeiro e, possivelmente, não último Direito de Resposta.

“ Não há nada mais ameaçador para um colunista que ser substituído por um interino priápico, com todo o leite, ainda por cima talentoso.

Pois que vão capinar para arranjar colunas, como eu fiz na minha carreira de 36 anos de jornalismo.

Aqui não há lugar cativo para eles.

No máximo, servirão de meus flanelinhas, reservadores e preservadores da minha vaga.

É como eu tenho dito sempre: quando a vaga é boa, a gente nem sente vontade de tirar o carro. “

(fragmento de texto retirado da coluna de Paulo Sant´Ana – Zero Hora – 22/02/08)

Claro que não vou me comparar a um colunista do porte de Paulo Sant´Ana, mas fazendo uso de parte de sua crônica,acima destacada e que tão bem define a lacuna no espaço por mim concedido, analiso que definitivamente moramos em cidades distintas, apenas isso.

Vou fazer uma referência a uma frase bíblica com um pequeno complemento:

“ Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que estão fazendo” e principalmente, o que estão dizendo.
    
O Vice do homem

Fiquei muito comovido ao receber e-mail do Ilustre Vice-Presidente do Partido Progressista de Santo Antônio da Patrulha, especialmente por saber que os integrantes deste partido são fiéis leitores desta coluna, o que muito me honra, disse  ele que: “depois de comentários generalizados” (significa que muita gente leu, o que me eleva o ego), entendo assim que a mídia para o qual escrevo não serve apenas para enrolar peixe, mas também de espaço destinado para o exercício da liberdade de expressão e opinião. E, em segundo lugar, entendo que o Ilustre Vice-Presidente, por ser figura tão representativa, doar seu precioso tempo para me responder e propiciou o que eu buscava… um canal para discussão de idéias onde um fala, e depois o outro coloca o seu ponto de vista. Obrigado pela receptividade.  

2 Vias com papel carbono, a moda antiga. (Tose I)

Mas vamos às vias de fato: vou gastar apenas 10 linhas, pois tenho outras lebres para levantar.

Não vou julgar seus argumentos, sua opinião, sua bandeira; vou apenas, novamente, como fiz na coluna anterior, perguntar; mas, desta vez, com datas, números e referências, já que o senhor disse que eu estava mal informado e deveria me colocar mais a par de determinados assuntos de nossa cidade.

E perguntar ofende? (Tose II)

Nos termos do art. “ 29 da Lei – 5250/1967, toda pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade pública, que for acusado ou ofendido em publicação feita em jornal ou  periódico, ou em transmissão de radiodifusão, ou a cujo respeito os meios de informação e divulgação veicularem fato inverídico ou errôneo, tem direito à resposta ou retificação. “

Portanto discordo veementemente do direito de resposta sobre mim aplicado, pois não acusei, ofendi ou vinculei fato errôneo. Por certo, emitir opinião ainda é prerrogativa da Liberdade de Imprensa. Em que seria embasado um direito de resposta?

É proibido proibir ! (Tose III)

Questionar é proibido?

Analisar um momento histórico do município pode privar o cidadão do direito de ter sua caneta à mão, impedido-o de ser uma voz diferente em um cenário onde tantos cantam uma mesma melodia já ensaiada?

Isso não seria uma atitude dos antigos senhores de engenho?

Não existem mais senhores de engenho com chapéu na cabeça, cavalo, capangas e escravos em suas vastas propriedades. Mas, e os aprendizes de senhores de engenho? Sim, aqueles mesmos que, por certo, não possuem os recursos financeiros, mas preservam o nome como principal arma, ainda muito poderosa.

Resultado: aceito o empate ou continuamos?

Agradeço, por terem propiciado um grande IBOPE para a minha coluna. As pessoas ficaram esperando as cenas dos próximos capítulos: sabiam que, pela abordagem que geralmente faço, não ia ficar em brancas nuvens. Afinal, criou-se uma polêmica gratuita em nossa cidade, vai fortalecer a oposição dentro de seu próprio partido (isso eu não queria), e expondo a fragilidade que foi a administração de determinados partidos, dando um gás extra à coligação (também não era minha intenção).

Estratégia: Crítica + Polêmica + credibilidade x Comentários = Reação Previsível, Matemática velha e simples. Homenageio a Professora Léa Bier (mãe do famoso Lisandro do Bar Porão) que me ensinou matemática no Segundo Grau. Professora querida da qual guardo ótimas recordações.

Verdade ou mentira
         
Os administradores do nosso município deveriam ter-se preocupado em fazer um planejamento urbano mais aprofundado, o que não foi feito.  Por isso sentimos, hoje, o problema das “nossas rodoviárias” e da falta de definição de um local para o distrito industrial.

Mas como um ex-vereador pôde explicar, isso é culpa da administração anterior, que vai culpar a administração anterior, que vai culpar a administração anterior, e quando nos dermos conta estaremos lá “ em 31 de outubro de 1919, quando renunciou o Intendente e assumiu o vice (isto me lembra algo).”  ( Dados do livro Reminiscências da Minha Terra – José Maciel Junior (Juca Maciel))

E ninguém soluciona os problemas que se apresentam, ou lhes dá prioridade !

Carta à pobre Juventude desamparada

O próximo assunto da semana que vem – se um tenente, capitão ou soldado não me impedir ( já que senhores de engenho não há ) – será a análise de uma carta aberta, escrita para a juventude. Muito bonita, comovente, e, como direi, bom, não direi nada, você que tire suas conclusões.

Sugestão de Livro:

Reminiscências da Minha Terra – José Maciel Junior (Juca Maciel)

Comentários

Comentários