RS: nuvem de gafanhotos gera apreensão e governo cogita ação

A mídia argentina informa que a nuvem de gafanhotos teria vindo do Paraguai e das províncias de Formosa e Chaco - Foto: Governo de Córdoba
RS: nuvem de gafanhotos gera apreensão e governo cogita ação
A mídia argentina informa que a nuvem de gafanhotos teria vindo do Paraguai e das províncias de Formosa e Chaco – Foto: Governo de Córdoba

Estado: A nuvem de gafanhotos que paira no céu argentino e pode se deslocar rumo ao Rio Grande do Sul não é um fenômeno novo. Há relatos desse acontecimento em diversos locais do mundo, inclusive aqui no Estado.

Embora não seja novidade, o que chama a atenção desta vez é o tamanho do bando. De acordo com Ricardo Felicetti, fiscal estadual agropecuário e chefe do Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura, estimativas apontam que a nuvem teria 10 quilômetros de extensão.

O governo estado está elaborando um plano de contingência e estuda a liberação de alguns defensivos agrícolas, para tentar conter as possíveis perdas, caso eles cheguem ao estado.

A nuvem de gafanhotos começou a preocupar mais seriamente o estado gaúcho desde ontem, depois que o governo da Argentina emitiu um alerta de perigo na fronteira com o Rio Grande do Sul por causa da aproximação dos insetos.

Segundo os argentinos, a nuvem pode conter até 40 milhões de gafanhotos e se locomover rápido dependendo do vento e do clima.

O secretário Covatti Filho afirma que a pasta está monitorando junto com o ministério para saber se haverá o ingresso na região da fronteira. “Estamos atentos a todo o movimento e discutindo ações para preparar o Estado, caso haja avanço da nuvem de gafanhotos. O risco existe e não podemos ignorar” ressalta Covatti.

Relatos da mídia argentina dão conta de que a nuvem de gafanhotos teria vindo do Paraguai e das províncias de Formosa e Chaco, onde há produção de mandioca, milho e cana-de-açúcar. Seu deslocamento é influenciado pela direção dos ventos e a ocorrência de altas temperaturas.

O meteorologista Flávio Varone, da Seapdr, analisou as condições climáticas do período atual para avaliar os riscos destes insetos chegarem ao Rio Grande do Sul. “A aproximação de uma frente fria oriunda do sul vai intensificar os ventos de norte e noroeste, potencializando o deslocamento do massivo para a Fronteira Oeste, Missões e Médio e Alto Vale do Rio Uruguai. Contudo, a tendência de queda nas temperaturas e previsão de chuva para todo o Estado na quinta-feira tende a amenizar o risco de dispersão da praga”, detalha.

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