Se Beber, Não Ceie – Erner Machado

Erner Machado
Se Beber, Não Ceie - Erner Machado
Erner Machado

O filme brasileiro “Se Beber, Não Ceie”, disponível e produzido na Netflix, foi escrito por Fábio Porchat, que também está no elenco, junto com Gregório Duvivier.

Trata-se de uma paródia  da última ceia de Jesus Cristo.

O  trabalho, se pode assim  ser chamado, eu o classifico  como blasfêmia sem respeito, por  representar um “Jesus” homossexual, uma “Maria” maconheira, um José corno, e os  “Apóstolos”  como homens dados à práticas de  costumeiras orgias.

Entendam ,os meus amigos, que ao me posicionar contrário ao conteúdo mencionado não estou fazendo uma defesa religiosa dos personagens reais que são representados de maneira a ridicularizar as suas trajetórias.

 Não sou filiado a qualquer confissão religiosa.

 Adotei esta conduta  por acreditar que todas as Religiões podem levar o ser Humanos a estabelecer  uma ligação com o Ser Supremo e buscar a sua elevação espiritual , enquanto no convivo com outros Seres Humanos e com toda a Criação, durante a sua existência neste planeta.

O meu posicionamento crítico deve-se ao fato de que o filme em questão atesta,  de maneira definitiva, a crise de valores e da falta de respeito que invadiu nossa cultura, nos últimos  anos.

Os seus autores fazem parte da geração que perdeu as mais elementares noções de postura e de dignidade.

E esta geração, em perdendo seus valores e sua postura,não reconhece mais  a Família Tradicional como formadora  e  mantenedora dos valores morais de nosso povo;

Esta geração, não vê na escola – da fundamental à universidade-, como uma entidade  capaz de prover formação cultural    mas sim como  centro de difusão de perpetuação de práticas contrárias a formação cidadã de nossos jovens;

Esta geração , não vê no Professor – do fundamental ao universitário- um agente de transformação e de transmissão da valores científicos e culturais  e não o vendo, assim, debocha de sua atuação e vulgariza sua presença em sala de aula;

Esta Geração não  acredita  no trabalho e na meritocracia como  meio de formação social  e econômica de nosso povo e os substitui pelas ações de compadrio e pelo famoso” jeitinho” , para obter sucesso e fortuna;

Esta geração não tem responsabilidades presentes e futuras e pouco se lhe dá o que vai acontecer, no futuro, com as  pessoas , com a sociedade e com o País;

Esta geração é a geração da mentira, da hipocrisia, da banalidade, da molecagem, da falsa sensação da realidade;

Então, não é  de se admirar que esta geração de “ Porchats e Duviviers” tenha feito um desrespeito desta monta com figuras históricas  de grande representatividade e adoração por parte de bilhões de pessoas em todo o mundo e às quais  se deve, no mínimo , respeito pelo que foram, pelo que são e pelo que continuarão sendo;

Não é de se admirar, também, que se a obra for exibida nas salas de cinema do país,  as mesmas tenham lotação nunca vista e se for exibida, somente, nos canais fechados da Netflix, tenha  milhares de acessos e comentários a favor;

Não é de se admirar que surjam intelectuais defendendo o conteúdo criminoso e fazendo apologias sobre esta nova forma de ver figuras históricas, enlameando suas imagens para que fiquem de acordo com o que pratica e com que faz esta geração;

Mas,  independente desta Geração maldita que está fazendo um enorme mal ao País, espera-se que, de algum canto do Brasil, deste Brasil atual, surjam vozes mais fortes e textos mais contundentes  do que este.

E que pelas suas forças, pelas suas contundências, pelas suas ações e pelos seus  exemplos, sejam capazes reconstruir nosso pais, fazendo surgir da ruinas culturais de nosso povo um novo edifício político, social, econômico e cultural capaz de abrigar a todos nós, com honra, com honestidade,  com dignidade e, acima de tudo, com respeito.

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